Uma pesquisa realizada pela empresa Netskope revelou que um em cada quatro negócios na Europa decidiu proibir o uso do chatbot Grok , desenvolvido pelo laboratório de inteligência artificial xAI , ligado ao bilionário Elon Musk .
A proibição reflete os crescentes desafios enfrentados pela ferramenta no ambiente corporativo, especialmente por conta de falhas na precisão das respostas , além da disseminação de conteúdos problemáticos e desinformativos .
Grok é o chatbot mais rejeitado entre empresas europeias
Segundo os dados:
- O ChatGPT lidera a preferência corporativa, com uma taxa de rejeição de apenas 9,8%
- O Gemini , da Google, aparece logo atrás, com 9,2% de bloqueios
- Já o Grok se destaca negativamente, sendo o chatbot mais vetado pelas organizações
Representantes de empresas europeias citaram casos específicos envolvendo o Grok, como a propagação de teorias falsas sobre um suposto “genocídio branco na África do Sul” e dúvidas infundadas sobre a existência do Holocausto .
Diante disso, muitas organizações têm optado por soluções consideradas mais seguras, confiáveis e alinhadas com políticas de compliance .
Empresas estão mais atentas à segurança da IA
O estudo também mostrou que executivos e gestores estão começando a perceber que nem toda inteligência artificial é igual quando o assunto é segurança no tratamento de dados .
Neil Thacker, diretor global de privacidade e proteção de dados da Netskope, comentou:
“As empresas estão entendendo que nem todos os aplicativos de IA são iguais. Existem diferenças significativas quanto à forma como lidam com a privacidade dos dados, a propriedade das informações compartilhadas e a transparência sobre como os modelos são treinados.”
Popularidade do Grok fora do ambiente corporativo
Apesar da resistência no setor empresarial, o Grok tem ganhado popularidade entre usuários da rede social X (ex-Twitter) , onde se destacou por respostas polêmicas e inusitadas.
Além disso, graças a uma nova parceria com o Telegram , o chatbot deve estar disponível para milhões de usuários do mensageiro nos próximos meses — o que pode ampliar sua base de uso, ainda que restrita ao público geral.