Um pagamento de US$ 8 bilhões feito pelo Google à Samsung veio à tona durante a investigação do processo da Epic Games contra Google e Apple. O registro do pagamento sugere que o Google garantiu a pré-instalação de sua loja de aplicativos Play Store e seu mecanismo de busca com o Gemini nos mais recentes celulares Galaxy.
O acordo, com validade de quatro anos (2024-2028), daria uma vantagem significativa aos serviços do Google em relação à concorrência. No entanto, essa prática é considerada ilegal pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), que a vê como prejudicial à livre concorrência no setor de tecnologia.
O advogado do DOJ, David Dahlquist, argumenta que esse acordo evidencia a necessidade de medidas enérgicas contra o Google para impedir o uso da estrutura nativa do Android para promover seus próprios serviços, dada a sua posição dominante no mercado de buscas online.
Em resposta, a executiva do Google Lee-Anne Mulholland defendeu as práticas da empresa, citando a intensa competição e inovação no mercado, com o surgimento de serviços como o ChatGPT e concorrentes estrangeiros como o DeepSeek. Ela considera as propostas de reparação do DOJ desnecessárias e prejudiciais.
Entre as medidas consideradas pelo DOJ para mitigar o suposto abuso de poder de mercado do Google está a venda do navegador Chrome pela Alphabet, empresa-mãe do Google. Vale lembrar que os serviços de IA do Google, incluindo o Gemini, foram profundamente integrados ao Galaxy S24 durante seu lançamento.